domingo, 28 de junho de 2009

Dança clássica indiana

A dança indianda se deu juntamente com o teatro através de uma escritura chamada Natya Shastra. Natya é a junção de drama (atuação), música e dança, Shastra quer dizer escritura. É dito que o Natya Shastra foi composto pelo próprio Deus Brahma, o senhor da criação. Originalmente a dança era apresentada dentro dos Templos em uma sala especialmente construída e chamada de Natyamandapa, era executada por mulheres chamadas de “Devadasis”. Deva significa Deus e dasi, serva, portanto a dança era considerada como uma oferenda aos Deuses assim como a comida, as flores, etc...
A dança clássica indiana é dividida em Nritta (dança pura ou abstrata) e Nrittya (dança expressiva). Nritta é composta de movimentos baseados no ritmo e na música e não possui significado, tendo um caráter puramente decorativo e abstrato. Os ítens de dança pura, como são chamados, possuem complicados padrões rítmicos e diferentes medidas de tempo nos ciclos métricos. Em Nritta, a ênfase é nos movimentos puros de dança, criando padrões no espaço e no tempo sem nenhuma intenção especifica de projetar qualquer emoção. Os movimentos são criados pelas várias partes do corpo para produzir beleza estética. A unidade básica da dança é chamada de Adavu, que quer dizer “combinação” e no caso da dança pura, combina passos e gestos chamados de Nritta Hastas.
Os Deuses criaram a dança como um instrumento para entretenimento. Mais tarde, com o propósito de agradar os Deuses, os seres humanos passaram a representar as histórias e as glórias dos Deuses. Deste modo começou o ciclo de celebração manifestada no alegre abandono do movimento e da música. Durante um período de aproximadamente dois milênios, a dança na Índia adquiriu um conjunto gramático, o qual levou a uma certa codificação da técnica.
A dança é uma forma de expressar as emoções, os movimentos são precisos e intensos, com um leve ar de mistério.

Penélope

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